Blog Pedagógico C.M. Rui Barbosa

Este Blog foi criado para atender à necessidade de acesso a informações imediatas e importantes, referentes ao processo pedagógico e ao cotidiano do Colégio.

Iniciamos as postagens pelo Projeto Político-Pedagógico, em sua versão resumida, elaborada no início de 2011, por entendermos que se trata do instrumento que dá sustentação aos rumos da escola.


Em virtude do layout do Blog, as postagens ficaram em ordem invertida. Os links à esquerda ajudam na localização dos itens.


Esperamos que todos aproveitem a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelo C. M. Rui Barbosa, nos últimos anos.


terça-feira, 8 de março de 2011

17- Sistema de Avaliação

CONCEPÇÕES

- Tudo que está ligado a uma nova forma de avaliar está ligado a uma nova forma de ver a escola.

- Para colocar em prática as propostas indicadas ao longo do processo de construção do PPP, necessitamos de um modelo de escola de tempo integral. Esta deve continuar sendo uma das nossas lutas permanentes.

- Falar de avaliação é, sobretudo, falar de objetivos, desde os mais amplos, aqui chamados de objetivos educacionais, referentes aos princípios filosóficos, até os denominados objetivos específicos, incluídos no plano anual do professor.

- A função diagnóstica da avaliação, tratada por Luckesi (1998) é ressaltada nos resultados. O objetivo da avaliação não é simplesmente verificar se o aluno aprendeu ou não, mas conhecer, determinar as causas da não-aprendizagem para nelas interferir. Diagnóstico não é só levantamento de dados, é reorientação a partir de. A avaliação serve, portanto, para que alunos e professores possam refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem e melhor compreender a realidade.

- Avaliação como prática de investigação: pressupõe a interrogação constante, exigindo dos professores que “se tornem cada dia mais capazes de investigar sua própria prática para formular ‘respostas possíveis’ aos problemas urgentes, entendendo que sempre podem ser aperfeiçoadas”.

- Avaliação democrática: imersa numa pedagogia inclusiva. Embora os conceitos de avaliação seletiva, classificatória e hierarquizada e as práticas deles decorrentes sejam criticados, ainda predomina em nossa sociedade uma escola que seleciona, classifica e hierarquiza saberes e pessoas.

- Dar voz a todos os envolvidos no processo de avaliação é um dos primeiros passos a serem dados. Para isso, no CMRB, além dos alunos serem avaliados pelos professores individualmente, no momento do Conselho de Classe, são analisados pelo coletivo de professores, incluindo aí a equipe gestora.

- A avaliação é de responsabilidade do coletivo escolar e se traduz na interação dos sujeitos participantes, no acompanhamento e no reconhecimento de seus avanços e limites.

- Avaliação como processo de negociação: decorrente das ações assumidas pelos profissionais, alunos e suas famílias, “que analisam sugestões, apresentam soluções, discutem responsabilidades e procedem aos encaminhamentos necessários”. O caminho da negociação será construído e reconstruído no dia a dia, à medida que o grupo for avançando na compreensão de que, nesse processo todos são co-responsáveis”.(Andrade, 1997: 9).

- Em sala de aula, a avaliação como processo de negociação se efetiva quando o professor combina com os alunos todos os critérios que serão adotados, desde os objetivos (para que avaliar) e instrumentos (como avaliar) até os prazos, valores de pontuação, correção, etc, e também quando conversa e reflete com os alunos sobre os resultados obtidos, individualmente e/ou na turma.

- Como deveria ser a avaliação no CMRB? Estar voltada para a pesquisa, para o diálogo e a busca de autonomia.

- O alto índice por esta opção apresenta coerência com a metodologia da construção do conhecimento, que coloca a pesquisa como centro. Significa, portanto, que a pesquisa tanto será tomada como caminho metodológico, quanto será utilizada como um dos principais instrumentos de avaliação.

- O diálogo e a busca de autonomia também se constituem em elementos da base epistemológica e metodológica. Lembramos que o diálogo está no centro do processo de ensino-aprendizagem e, consecutivamente, no centro do processo de avaliação.

- O diálogo substitui a postura unilateral, unívoca, de natureza excludente, pela orientação que considera a lógica do outro e as tantas diferenças que perpassam a sala de aula. O diálogo não elimina o confronto e o conflito, pois os entende como fundamentais às mudanças, mas faz deles um exercício de respeito mútuo.

- A LDB, em seu artigo 24, inciso V, trata dos critérios de avaliação, sendo o primeiro deles: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

- Ao avaliar, o professor deve levar em consideração os aspectos cognitivos e sócio-afetivos, reportando-se à concepção de aluno como sujeito integral, conforme indicam os princípios filosóficos. De forma mais objetiva, deve considerar o interesse, a participação, o relacionamento, dentre outros aspectos qualitativos.

- A avaliação deve ser realizada permanentemente e feita por acumulação, no sentido de se acompanhar o desenvolvimento do aluno, seus avanços e dificuldades, ou seja, a avaliação não deve ser fragmentada ou realizada apenas em momentos pontuais. Os resultados do processo devem prevalecer sobre os resultados finais.

- Consideramos importante desconstruir a valorização maior que é dada ao resultado final da avaliação, ou seja, às notas e não ao próprio conhecimento e à aprendizagem.

AVALIAÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

- Importante estudar como a avaliação vem sendo concebida e tratada na escola, ao longo da história da educação no Brasil, para melhor entendimento do processo e para perceber o quanto ainda hoje reproduzimos práticas incoerentes com os novos tempos que vivemos na sociedade.

- Para servir de apoio a este estudo recorremos à gravação em DVD, da entrevista feita a Cipriano Carlos Luckesi, pesquisador de renome no estudo sobre avaliação.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
- Os mais usados no RB : prova dissertativa, trabalho em grupo, prova objetiva, seminário, teste, atividade de pesquisa, auto-avaliação, portfólio, prova de consulta e prova em dupla (menor quantidade)

- Como deveria ser a avaliação no CMRB? Opção pela prova integrada.

- Auto-avaliação de alunos: deve ser feita, pois o aluno precisa saber em que mudar e também porque também faz parte do processo.

- Auto-avaliação de professores: praticamente não é feita, necessitando atenção a esse respeito.

PAPEL DO ERRO NA AVALIAÇÃO

- Na teoria da construção do conhecimento, o erro tem um papel fundamental.

- O erro não deve servir como fator negativo, mas como benefício no processo de aprendizagem / construção do conhecimento.

- O erro, muitas vezes mais que o acerto, revela o que o aluno “sabe” colocando este saber numa perspectiva processual, indicando também aquilo que ela “ainda não sabe”, portanto o que ela pode vir, a saber.

- O erro aporta aspectos significativos para o processo de investigação ao sinalizar que o aluno está seguindo trajetos diferentes (originais, criativos, novos, impossíveis?) dos propostos e esperados pelo professor.

- Papel do erro na visão dos alunos: fazer o aluno consertar o erro.

- Papel do erro na visão dos professores: refletir sobre o processo de aprendizagem.

RECUPERAÇÃO E SEGUNDA CHAMADA

- De acordo com as orientações do Regimento da Rede Municipal.

AVALIAÇÃO INTERNA: MOMENTOS E INSTRUMENTOS

- Entendida como parte do processo de avaliação escolar, uma vez que é inerente ao processo educativo, pois envolve objetivos, finalidades, intencionalidades.

- No CMRB a avaliação não é apenas referente ao trabalho dos alunos, mas ao trabalho do Colégio como um todo, por isso denominada avaliação global.

- A avaliação global é feita através de fichas de avaliação, preenchidas junto às turmas, antes dos Conselhos de Classe. As fichas avaliam o trabalho de cada professor, dos funcionários de todos os setores e dos integrantes da equipe gestora.

- Os professores também são avaliados pela equipe gestora, assim como a equipe gestora avaliada pelos professores e funcionários .

- Há indicativo de ficha para auto-avaliação do trabalho do professor e da equipe, a ser deliberado no Congresso de Avaliação .

AVALIAÇÃO EXTERNA
- Os alunos, assim como o Colégio como um todo, passam pelo processo de avaliação externa, através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

- Há indicativo de que qualquer forma de avaliação externa de professores e funcionários deve ter respaldo da equipe gestora e ser de conhecimento do profissional avaliado.

ENEM
- Embora se perceba uma visão mercantilista no processo de avaliação do ENEM, não há incompatibilidade em seus princípios epistemológicos e metodológicos, com os princípios do CMRB.

- Da mesma forma como o propósito principal do CMRB não é preparar diretamente para o vestibular, também não o é para o ENEM.

- Cabe aos professores tomarem conhecimento da fundamentação teórico-metodológica do ENEM, podendo utilizar questões das provas do ENEM em suas avaliações.

- Os alunos têm se destacado positivamente nos resultados do ENEM.

ADAPTAÇÃO DA AVALIAÇÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
- Feita por meio da modificação e adequação dos instrumentos utilizados.
- Alguns exemplos desses ajustes: utilizar diferentes procedimentos de avaliação, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.


PRINCÍPIOS NORTEADORES DA AVALIAÇÃO

- Coerência entre a avaliação e a filosofia, a epistemologia e a metodologia do CMRB.

- Falar de avaliação = falar de objetivos (educacionais - princípios filosóficos / específicos - plano anual do professor).

- Função diagnóstica: objetivo da avaliação não é simplesmente verificar se o aluno aprendeu ou não, mas conhecer, determinar as causas da não-aprendizagem para nelas interferir.

- Avaliação como prática de investigação: pressupõe a interrogação constante, exigindo dos professores que “se tornem cada dia mais capazes de investigar sua própria prática”.

- Avaliação democrática: dá voz a todos os envolvidos no processo de avaliação.

- Alunos avaliados individualmente + analisados pelo coletivo de professores.

- Avaliação: responsabilidade do coletivo escolar.

- Avaliação = processo de negociação: ações assumidas pelos profissionais, alunos e suas famílias, “que analisam sugestões, apresentam soluções, discutem responsabilidades e procedem aos encaminhamentos necessários”.

- Professor combina com os alunos todos os critérios que serão adotados.

- Avaliação voltada para a pesquisa, para o diálogo e a busca de autonomia.

- Pesquisa = um dos principais instrumentos de avaliação.

- Avaliação - contínua e cumulativa.

- Resultados do processo devem prevalecer sobre os resultados finais.

- Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

- Livre docência do professor na escolha de instrumentos e critérios de avaliação.



17- Cada professor recebeu um DVD com a entrevista.
18- De acordo com as respostas da pesquisa / PPP.
19- Todos os encaminhamentos devem ser registrados, para efeito de tomada de decisões futuras.
20- O Congresso está previsto para ser realizado em março de 2011.
21- Deliberado em reunião de equipe gestora em 2008, mas necessitando ser apreciado pela comunidade escolar e só então ser incluído no PPP.

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