Blog Pedagógico C.M. Rui Barbosa

Este Blog foi criado para atender à necessidade de acesso a informações imediatas e importantes, referentes ao processo pedagógico e ao cotidiano do Colégio.

Iniciamos as postagens pelo Projeto Político-Pedagógico, em sua versão resumida, elaborada no início de 2011, por entendermos que se trata do instrumento que dá sustentação aos rumos da escola.


Em virtude do layout do Blog, as postagens ficaram em ordem invertida. Os links à esquerda ajudam na localização dos itens.


Esperamos que todos aproveitem a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelo C. M. Rui Barbosa, nos últimos anos.


terça-feira, 8 de março de 2011

8- Gestão Escolar

Para refletirmos sobre a gestão escolar é necessário que analisemos o contexto social em que a escola está inserida.

Ao analisarmos os modelos de gestão ao longo dos tempos, podemos perceber que o autoritarismo esteve presente nas relações das escolas, muitas vezes reproduzindo, inconscientemente, ações incorporadas numa formação arbitrária.

O exercício do poder talvez seja um dos aspectos mais complicados para a equipe diretiva das escolas. Portanto, é necessário que se discuta, antes de mais nada, sua forma de exercício: a serviço de que e de quem ele se coloca. Hoje, mais do que nunca, é preciso que a escola não perca a sua função social de formar os indivíduos para uma vida digna, trabalhar para sua humanização e emancipação, onde os mesmos possam crescer como pessoa e cidadãos, através do exercício constante de sua participação nas tomadas de decisão.

Partindo dessa concepção de escola, o Colégio Municipal Rui Barbosa vem, ao longo de sua história, construindo-se como escola com um perfil de luta no município de Cabo Frio. Lutamos por melhores condições de trabalho e dignidade para o professor, principalmente na década de 80, com enfrentamento de governos autoritários, que não tinham a educação como prioridade.

Hoje, o Colégio Rui Barbosa apresenta em perfil de gestão democrática, que se aproxima do modelo que desejamos, fruto de uma luta de professores e alunos para inserir, em 1990, na Lei Orgânica, a Lei para Eleição de Diretores de Escola. Luta iniciada nas discussões em sala de aula e transformada em movimento na busca de uma gestão democrática, com representantes eleitos pela comunidade escolar.

Neste ano, a direção indicada demitiu-se e demos início ao processo eleitoral, forçando o Prefeito à época, Ivo Saldanha, a encaminhar a Lei de Direção Escolar para a votação na Câmara Municipal. Essa vitória se deu por acreditarmos que é possível, coletivamente, existirem formas de se buscar a autonomia da escola.

Nossa grande tarefa é fazer a escola funcionar pautada num projeto coletivo. Para que essa proposta possa efetivamente acontecer, realizamos permanentemente reuniões e plenárias comunitárias, nas quais professores e comunidade escolar têm a oportunidade de ouvir e expor argumentos, conhecer por dentro a realidade do Colégio, acompanhar o processo e também assumir compromissos.

Nossa intenção é garantir que “esses espaços não sejam momentos de recados, cobranças ou ameaças, mas sim espaços de exercício autêntico de diálogo, de poder de decisão, do resgate da condição de sujeitos históricos de transformação, na busca do bem comum no âmbito da escola e de suas relações” (Vasconcellos: 2002: 63).

O Colégio Rui Barbosa tem se pautado em características das escolas libertadoras e libertárias, tentando desenvolver nos alunos essa consciência para que os mesmos assumam seu papel de sujeitos históricos e que se sintam protagonistas do seu processo de educação.

Como nos alerta Libâneo (2004: 110)

E preciso considerar que levar em conta os diferentes significados subjetivos e as características culturais das pessoas nas práticas de organização e gestão da escola não significa excluir os conflitos, as diferentes visões de mundo, os diferentes modos de agir. A cultura organizacional das escolas é algo muito complexo, envolvendo interesses distintos entre pessoas e grupos e diferentes bagagens culturais. Isso constitui um desafio aos diretores, coordenadores pedagógicos e professores, pois para se chegar a definições e decisões em torno dos objetivos comuns, há de se considerar a disputa de interesses, os significados, os valores, as diferenças, assim como as relações de poder externas e internas, Há de se considerar, também, que a escola se insere num contexto sociocultural e político mais amplo, cuja influência na organização escolar é determinante.

Entendemos que a construção participativa do Projeto Político-Pedagógico é um grande momento para a escola tentar superar o isolamento, as práticas individualistas e a fragmentação do trabalho.

ELEIÇÃO PARA DIRETORES

A eleição hoje tem a nomenclatura Consulta à Comunidade, por força de Lei Municipal . O processo de Consulta acontece a cada 2 (dois) anos, onde é escolhida a equipe de direção: diretor geral, diretor adjunto, dirigentes de turno, que são nomeados para as funções pelo Prefeito.

10- Lei de número 2233 / 2009.

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